Somos irmãos dos mais pobres!
Por Dom Manoel Delson Pedreira da Cruz – Arcebispo da Paraíba – Foto: Reiza Lopes
O amor aos pobres e aos que precisam ser consolados sempre esteve junto aos esforços da Arquidiocese da Paraíba. Para os cristãos, o acontecimento com a Pessoa de Jesus nos leva naturalmente ao lugar fundamental dos que sofrem e daqueles que devem ser amparados. A caridade sempre esteve na centralidade de nossos empenhos pastorais, são muitas as iniciativas que nos tornam irmãos dos pobres. A pessoa do pobre não deve ser uma peça publicitária, mas uma grande oportunidade de dar provas de nosso amor a Deus, nossa caridade também não é somente um “mandamento”, mas é a resposta que devemos dar ao maravilhoso dom do amor com que Deus vem todos os dias ao nosso encontro.
Diante de sociedades que publicizam pouco a concretude do amor que dá a vida pelo irmão, queremos, ainda que, timidamente, tornar manifesto algumas das iniciativas de nossa centenária arquidiocese que nos enchem de alegria, e que muito contribui com a sociedade paraibana: o hospital padre Zé, que prontamente socorre os pobres dos mais pobres, buscando levar de forma humanizada o alívio daqueles que lá se achegam. Outro serviço de caridade presente na arquidiocese é realizado pela Comunidade Católica Filhos da Misericórdia, que possui varias obras sociais, dentre elas, no município de João Pessoa o acolhimento de crianças e adolescentes, bem como crianças com necessidades especiais, trabalho diário com os moradores de rua onde fornecem alimentos e higienização dos mesmos, um lar de idosos no município de Lucena e o acolhimento de crianças e adolescentes no município de Pedras de Fogo. São muitas as mãos generosas que se estendem nos mais variados lugares, mãos que assemelham-se às mãos do Pai do céu, estas que nunca se cansam e que continuamente apoiam as nossas mãos humanas.
Que Nossa Senhora, a Mãe de Misericórdia, sempre nos favoreça o pronto caminho da caridade de Jesus, ajudando-nos a acolher, com misericórdia, os irmãos mais necessitados. Que a prontidão dos seus pés que não mediram esforços para socorrer sua prima Isabel, depois da Anunciação do nascimento do Filho de Deus, seja modelo para a Igreja em tempos de “ilhas” e de fechamentos. Com Maria aprendamos a amar a Deus pela vida dos nossos irmãos, que as suas necessidades não nos cause distância, mas nos seja ocasião para estar no meio deles. Servindo os mais pobres, estamos servindo o próprio Deus que se fez pobre (2Cor 8,9).