Setor Universidades apresenta projetos de ajuda aos migrantes na 56ª AG
Da Redação, com informações da CNBB
O setor universidades da Comissão Episcopal Pastoral para Cultura e Educação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tem por missão favorecer a integração e o diálogo entre diferentes iniciativas e experiências nas instituições de ensino superior de todo o Brasil.
Segundo o arcebispo coadjutor de Montes Claros e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Cultura e Educação, Dom João Justino de Medeiros Silva, a base da evangelização se dá a partir de três princípios. “A base da evangelização é o anúncio, a formação do espírito comunitário ao redor da profissão de fé e o desdobramento com os compromissos que decorrem do compromisso do evangelho, seja de ajudar na comunidade ou transformar a sociedade”.
Durante a 56ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil que ocorre em Aparecida até o próximo dia 20 de abril, a Comissão partilhou duas de suas experiências: o “Núcleo de Ação Coletiva” e o “Projeto Milhas de Esperança”. A apresentação foi feita nesta segunda-feira, dia 16 de abril, pelo próprio Dom João Justino de Medeiros Silva, pelo bispo de Roraima (RR), dom Mário Antônio da Silva, e pelo assessor do Setor Universidades da CNBB, padre Danilo Pinto dos Santos.
Dom João Justino, em sua apresentação, afirmou que existem no Brasil cerca 15 mil estudantes estrangeiros e que algumas iniciativas existem por parte da CNBB para acompanhar esses alunos. “São experiências que possibilitam concretizar a caridade cristã e o compromisso de construir uma sociedade fraterna e justa”, destacou Dom Justino.
Núcleo Ação Coletiva – Esse projeto quer acolher e auxiliar os imigrantes que ingressam no Brasil por motivo de residência ou refúgio. São 21 voluntários, na maioria membros da Pastoral Universitária de Boa Vista (RR) e que realizam uma acolhida e atendimento prévio dos imigrantes. Para realização do projeto há uma parceria com a Polícia Federal.
“A Pastoral Universitária de Roraima organizou um serviço de apoio aos refugiados que estão saindo da Venezuela e entrando no Brasil por aquela fronteira. O reinício significa, pelo menos, conseguir solicitar um visto para permanecer no país, apresentar-se às autoridades locais preenchendo formulários. A pastoral universitária colabora com essas pessoas para que possam preencher esses formulários e buscar seus documentos e outras demandas iniciais do grupo que está chegando”, explicou Dom Justino. Estes trabalhos tiveram início em fevereiro do ano passado.
Milhas de Esperança – Esse projeto é organizado pelo Setor Universidades com a Associação dos Amigos do Noivo (ABAN) de Juiz de Fora (MG) e consiste em doar milhas ou pontos do cartão para o transporte de imigrantes para o estado de Minas Gerais, ajudando-os na inserção cultural e no mercado de trabalho.
O projeto oferece suporte na regularização da documentação, atualização da língua, inserção na cultura brasileira e no mercado de trabalho. “Criou-se uma forma de preparar melhor alguns desses migrantes. Têm condições de receber 20 migrantes por quatro meses que ali eles se preparam, os que estão munidos de documento, para o mercado de trabalho no Brasil”, disse Dom Justino.
O nome “Milhas de Esperança” surge justamente dessa necessidade de trazer os migrantes para Minas Gerais. “Esses irmãos devem sair de Roraima e vir para o sudeste, por isso a doação de milhas. É um processo que aqueles que têm milhas de viagem ofertem para essa associação, a qual vai oferecer a passagem para o migrante”.
Outras informações sobre o Setor Universidades e diversos projetos podem ser consultadas pelo site www.culturaeducacaocnbb.com