Santuário da Babilônia celebra memória do Cônego Tombolato
Neste final de semana, o Santuário Diocesano Nossa Senhora da Babilônia celebrará a memória do Cônego Antonio Tombolato, falecido há 3 anos.
As missas serão no sábado (27) às 19h e domingo (28) às 10h e 16h.
Vida
Cônego Antonio Tombolato nasceu em 22 de janeiro de 1928, na Fazenda São Vicente, propriedade dos pais, o italiano Juliano Tombolato e a brasileira Joana Cândida de Oliveira, entre os municípios de Brotas e Torrinha. A mãe morreu quando ele tinha apenas um ano de idade e do segundo casamento do pai nasceram as irmãs, Geni e Elisabete.
A vocação para seguir a vida religiosa surgiu na infância. Foi seminarista de 1943 até 1958, após a ordenação tornou-se presbítero na cidade de Matão.Em outubro de 1960, Dom Ruy Serra trouxe o padre Tombolato para a Catedral de São Carlos.
Um dos primeiros projetos desenvolvidos pelo padre foi a Polícia Mirim, que oferecia acompanhamento e ocupação para crianças. A fundação da Juventude Operária Católica (JOC), que desenvolvia projetos de assistência social, foi outra importante atividade do padre. O grupo condenava os desmandos dos patrões que exploravam os trabalhadores são-carlenses. Sempre atuante e participativo, durante a ditadura militar foi considerado por alguns um padre progressista e chamado até de comunista.
O envolvimento com a classe operária em defesa dos trabalhadores deixou marcas. Quando era padre da Catedral, apoiou a formação do sindicato dos metalúrgicos oferecendo salas da igreja para as primeiras reuniões e, ao contrário do que muitos pensam, ele garante que o bispo tinha conhecimento de tudo.
Nesta época, ele foi transferido para a paróquia de Vila Isabel, bairro que mais sofria com a falta de recursos e estrutura.
Foram 42 anos dedicados à paróquia que inclui o Santuário Nossa Senhora Aparecida da Babilônia, e até hoje a Vila Isabel é um exemplo de trabalho religioso aliado à assistência social.