Papa ao clero: servir a Igreja particular com dedicação todos os dias
Da redação, com Rádio Vaticano
Papa Francisco recebeu em audiência, nesta quinta-feira, 16, na Sala do Consistório, no Vaticano, 70 participantes da assembleia da Confederação Internacional da União Apostólica do Clero. Também estavam presentes representantes da União Apostólica dos Leigos.
A assembleia da Confederação Internacional da União Apostólica do Clero focaliza-se no papel dos pastores na Igreja particular. Nessa releitura, a chave hermenêutica é a espiritualidade diocesana que é espiritualidade de comunhão, segundo a comunhão Trinitária.
Segundo o Papa, a pessoa se torna especialista de espiritualidade de comunhão graças à conversão a Cristo, à abertura para a ação de seu Espírito, e ao acolhimento dos irmãos. “A fecundidade do apostolado não depende somente das atividades e dos esforços organizacionais, que são necessários, mas em primeiro lugar depende da ação divina.”
O Papa lembrou que o Dia Mundial de Oração pela Santificação do Clero é uma ocasião propícia para implorar a Deus o dom de ministros zelosos e santos para a sua Igreja. A data é celebrada todos os anos na Festa do Sagrado Coração de Jesus, na sexta-feira seguinte ao segundo domingo depois de Pentecostes.
“Para realizar esse ideal de santidade, todo ministro ordenado é chamado a seguir o exemplo do Bom Pastor que dá a vida por suas ovelhas. Unido ao caminho de espiritualidade está o compromisso na ação pastoral a serviço do povo de Deus, visível nos dias de hoje e na concretude da Igreja local: os pastores são chamados a ser ‘servos sábios e fiéis’ que imitam o Senhor, servindo e imergindo-se na vida das comunidades, compreendendo a história e vivendo as alegrias e tristezas, as expectativas e esperanças do rebanho que lhes foi confiado.”
Segundo o Papa, “uma Igreja particular tem um rosto, ritmos e escolhas concretas. Deve ser servida com dedicação todos os dias, testemunhando a sintonia e a unidade vivida e criada com o bispo. O caminho pastoral da comunidade local tem como ponto de referência imprescindível o plano pastoral das dioceses”.
A comunhão e a missão são dinâmicas correlativas. O sacerdote se torna ministro “para servir a própria Igreja particular, na docilidade ao Espírito Santo e ao próprio bispo e em colaboração com os outros presbíteros, mas com a consciência de fazer parte da Igreja universal que vai além dos confins da própria diocese e do próprio país”.
A missionariedade é uma prioridade da Igreja, “sobretudo para a pessoa ordenada que é chamada a exercer o ministério numa comunidade por sua natureza missionária, e a ser educadora. A missão não é uma escolha individual, mas uma escolha da Igreja particular que se torna protagonista na comunicação do Evangelho a todos os povos”.