O mundo unido em oração e jejum pela paz
O Santo Padre pede que o gesto seja oferecido “pelas populações da República Democrática do Congo e do Sudão do Sul”, sem esquecer da Síria e de outros países onde as populações sofrem por causa dos conflitos.
O Papa recordou que como em outras ocasiões similares, convida “também os irmãos e irmãs não católicos e não cristãos para se associarem a esta iniciativa nas modalidades que considerarem mais oportunas, mas todos juntos”.
O Provincial dos Carmelitas Descalços do Sul do Brasil, Frei Marcos Juchem Junior OCD, nos traz uma reflexão sobre esta “convocação” do Papa Francisco:
“Com certeza todos sempre trazemos entre nós desejos e esperança de paz. Isto é assim porque necessitamos a paz, a queremos e sobretudo, quando a paz está ausente das nossas pessoas, famílias, comunidades. Ainda mais quando a paz é excluída pela violência extrema, com o uso de armas de guerra, de destruição, matando e eliminando as pessoas como se fossem uma coisa qualquer.
São tantas as mortes nos nossos dias que a violência e as guerras provocam e causam, que praticamente nos acostumamos a ouvir estas notícias como as outras que ouvimos, que não nos impressionamos mais, nos acomodamos e falamos ou pensamos conosco mesmos que não há nada mais a fazer.
Assim é imperativo e muito necessário pararmos um pouco e dedicar um tempo para analisar, aprofundar, pensar e meditar sobre esta chaga, esta ferida inaudita, uma loucura do ser humano que por diversos motivos mata e destrói.
Todos sabemos que o mais importante que existe neste mundo é a vida da pessoa. Por isto nenhum motivo pode ser mais importante, que justifique e leve a matar e destruir pessoas, famílias, ou forçá-las a saírem de seu lugar aonde vivem, abandonar os seus lares, se tornem migrantes, levando quase nada consigo para sua sobrevivência.
Ante esta realidade, todas as pessoas de boa vontade, somos convidados a dedicar um dia, especificamente o dia 23 de fevereiro, para rezar e também com gestos e atitudes concretas, como jejuar, quer dizer, meditar e aprofundar em nós o valor positivo da paz, o maior bem que queremos e necessitamos.
Jejuar, quer dizer, vamos dedicar um tempo para esta realidade, deixar de lado outros trabalhos e afazeres e mesmo distrações, para assim aprofundar no nosso coração e mente, que a não paz é o maior mal e o maior fracasso e desastre que pode acontecer num país e entre as nações.
Este convite que o Papa Francisco nos faz, para no dia 23 de fevereiro, a todos indistintamente, quer ser uma atitude que se traduz em oração e em prece, para que Deus esteja presente com as suas graças, para assim nos presentear com este bem maior.
Bem maior que é dom Deus, sim, todavia nos toca estarmos abertos e querer este dom, querermos a paz em todos os níveis e circunstâncias, sobremodo onde a paz está totalmente ausente, como em alguns lugares do mundo, que o Papa Francisco cita, na República Democrática do Congo, no Sudão Sul, mas também nós podemos acrescentar, como na Síria, na Venezuela, esta paz que foi expulsada, e em seu lugar, em todas as partes se veem corpos mutilados, cadáveres, crianças muito machucadas, tendo que suportar feridas, feridas que sangram, provocando dores inigualáveis, também pela perda de seus pais, estas crianças estão famintas e também sedentas e não há quem as alivie nas suas dores.
Nossa oração e jejum seja um elevar de nossas vozes e corações para Deus, e ao mesmo tempo, olhar para dentro nós mesmos, para desta forma superarmos condutas negativas que muitas vezes destroem a paz, e condutas negativas de tantos governantes que são causadores de mortes e destruições.
Sem dúvida, tudo isto, o rezar, o falar, o emitirmos positivamente também mensagens para a paz, contribuem para que esta paz comece a existir, e assim tomamos um compromisso de sermos fazedores e construtores da paz.
Faremos todo possível, para que em todos os lugares haja a paz, quer dizer: a vida respeitada de toda pessoa , de cada família, de cada comunidade e de entre todas as nações. Assim seja!”