Missa dos Santos Óleos: Igreja reunida é sinal de comunhão
Por Sidney Prado – Assessoria de Comunicação da Diocese de São Carlos | Art: Stefano Fachina
Estamos caminhando rumo a Páscoa do Senhor. Neste ano, de 25 de março a 1 de abril, a Igreja celebra e vivencia a Semana Santa, na qual iremos fazer memória com grande piedade os mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo.
Antes de celebrarmos os mistérios centrais da salvação, toda a comunidade diocesana, de modo muito significativo o clero, se unirá ao seu Bispo para a bênção dos Santos Óleos e para a renovação das promessas sacerdotais.
Esta grande celebração acontecerá na próxima quinta-feira (29), na Catedral de São Carlos Borromeu, às 10h manhã: será um momento que vai nos inserir no coração do mistério pascal de Cristo.
Dom Paulo Cezar Costa, abençoará, os óleos que são usados da administração dos sacramentos da Igreja: dos catecúmenos e dos enfermos, e consagrará o Santo Crisma, mediante os quais anuncia-se o novo “ano da graça” do Senhor” (Lc4, 19; Is 61, 2). Por isso falamos ser chamada “Missa dos Santos Óleos”. Os óleos estão no centro da ação litúrgica. São esses óleos que servirão para a administração dos sacramentos do batismo, da Confirmação, da Ordem e da Unção dos Enfermos.
O óleo é sinal da bondade e misericórdia de Deus que nos toca. Assim o óleo, nas suas diversas formas, nos acompanha ao longo de toda a nossa vida, desde o catecumenato e o batismo até o momento do fim da nossa caminhada terrestre, onde nos encontraremos, face a face, com Deus juiz e salvador. Na Igreja Primitiva, o óleo consagrado foi considerado, particularmente, como sinal da presença do Espírito Santo, que se comunica conosco a partir de Cristo, o ungido. O Espírito é o óleo da alegria.
Nessa celebração, além de abençoar e consagrar os óleos, renovam-se as promessas sacerdotais pronunciadas no dia da ordenação, sendo por isso também chamada Missa da Unidade, manifestando assim a comunhão diocesana em torno do mistério pascal de Cristo, sendo um momento muito intenso de comunhão eclesial, de participação intensa das comunidades e de valorização dos sacramentos da vida da Igreja.
Todos os presbíteros, quer diocesanos quer religiosos, participam e exercem com o bispo o sacerdócio único de Cristo; estão, pois, constituídos cooperadores providentes da ordem episcopal. Sob a autoridade e o pastoreio do bispo, recebem a rica missão da cura de almas em nossa diocese ou onde são enviados como itinerantes. “Com efeito, os presbíteros, em virtude da sagrada ordenação e da missão que recebem das mãos do Bispo, são promovidos ao serviço de Cristo mestre, sacerdote e rei, de cujo ministério participam, mediante o qual a Igreja continuamente é edificada em Povo de Deus, corpo de Cristo e templo do Espírito Santo”. (Cf. Presbyterorum Ordines).
A Igreja reunida é sinal de plena comunhão, pois a reunião do povo, assembleia santa, junto aos presbíteros e em união com nosso Bispo Diocesano, manifesta uma solene e verdadeira liturgia agradável a Deus. Unidos na grande diversidade de dons, somos edificados e conduzidos pelo Espírito Santo, tornando-nos, assim, a Igreja corpo místico de Jesus Cristo e instrumento de Salvação para os homens.