Jesus é a Porta que leva à salvação, diz Papa
Na catequese desta quarta-feira, 10, a reflexão do Papa aos fiéis foi concentrada na passagem evangélica da “ressurreição de um jovem”. Trata-se de um milagre grandioso, mas o ponto central da narração não é o “milagre”, destacou o Papa, mas a ternura de Jesus com a mãe do jovem.
Francisco explicou que a misericórdia se apresenta aqui como uma grande compaixão de Jesus pela mulher, que havia perdido seu marido e, agora, acompanhava seu único filho ao cemitério. Esta grande dor de uma mãe comoveu Jesus, a ponto de realizar o milagre da ressurreição de seu filho.
Ao ver a mulher, Jesus teve compaixão e, com grande misericórdia, tocou o caixão e enfrentou a morte. “Durante este Jubileu seria bom que, ao passar pela Porta Santa, a ‘Porta da Misericórdia’, os peregrinos se recordassem deste episódio do Evangelho. Quando Jesus viu aquela mulher em lágrimas, ela entrou em seu coração. Ao passar pela Porta Santa cada um leva a própria vida, com suas alegrias e sofrimentos, projetos e falências, dúvidas e temores, para apresentá-los à misericórdia divina”.
É preciso estar ciente, enfatizou o Santo Padre, de que na Porta Santa Deus se aproxima de cada um para oferecer a sua poderosa palavra consoladora: “Não chore”. “Esta é a Porta do encontro entre a dor da humanidade e a compaixão de Deus. Ao passar pela Porta Santa, realizamos a nossa peregrinação no âmbito da misericórdia de Deus, que hoje repete a nós, como fez com o jovem defunto: ‘Levante-se’. A palavra poderosa de Jesus realiza em nós a passagem da morte para a vida, nos faz reviver, nos dá esperança, fortalece os corações e nos leva para além do sofrimento e da morte”.
Em relação ao episódio bíblico, Jesus restituiu o filho à sua mãe. Assim, ela se torna mãe pela segunda vez. Mãe e filho experimentam a misericórdia concreta do Senhor. Ele vai ao encontro do seu povo, a humanidade. Ele é a verdadeira Porta que conduz à salvação e restitui à vida nova. A sua Misericórdia conduz às obras de misericórdia, finalizou o Papa.