Há 25 anos o Brasil se despedia da beata Irmã Dulce
Em 13 de março de 1992, há exatos 25 anos, o Brasil se despedia do seu “Anjo Bom”, a Bem-aventurada Dulce dos Pobres, religiosa que dedicou sua vida a ajudar os mais necessitados, especialmente em sua terra natal, Salvador (BA).
Para marcar essa data, o Arcebispo de Salvador (BA), Dom Murilo Krieger, presidiu a Santa Missa às 17h, no Santuário da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, pontuada pela lembrança de acontecimentos marcantes na trajetória de amor e serviço da freira baiana em favor dos pobres e doentes.
A Missa abriu oficialmente a agenda de homenagens que serão prestadas à religiosa ao longo de 2017, programação que incluirá exposições, campanhas sociais, shows musicais, entre outros eventos.
Irmã Dulce faleceu aos 77 anos, após uma vida inteira dedicada a cuidar dos pobres e enfermos. Ela nasceu em 26 de maio de 1914, em Salvador (BA), tendo recebido como nome de batismo Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes.
Ainda menina, a pequena já demonstrava seu interesse pela vida religiosa e, aos 13 anos, começou a atender os doentes e carentes na porta de sua casa, a qual passou a ser conhecida como “A Portaria de São Francisco”.
Em fevereiro de 1933, ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe, e recebeu o hábito em agosto do mesmo ano. Foi então que adotou o nome Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe, que faleceu quando ela tinha apenas 7 anos.
De volta à sua terra natal Salvador, iniciou em 1935 um trabalho assistencial junto às comunidades carentes, sobretudo nos Alagados, conjunto de palafitas que se consolidara na parte interna do bairro de Itapagipe.
Em 1939, depois de muito lutar para cuidar de seus doentes, ocupou um galinheiro ao lado do convento, depois da autorização da sua superiora, com os primeiros 70 doentes. A iniciativa deu início à criação das Obras Sociais Irmã Dulce, instituição considerada hoje um dos maiores complexos de saúde pública do país, com cerca de quatro milhões de atendimentos ambulatoriais por ano.
“A obra de Irmã Dulce continua viva e ampliando o atendimento aos mais carentes, como ela sempre desejou. Por isso, não obstante esses anos de partida, uma certeza nos anima: sua presença na ausência”, ressaltou o capelão das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), frei Mário Erky, ao site da instituição.
A religiosa chegou a ser indicada ao prêmio Nobel da Paz em 1988 pelo então presidente da República, José Sarney, com o apoio da Rainha Sílvia, da Suécia.
Irmã Dulce foi beatificada em 22 de maio de 2011 e agora segue o seu processo de canonização, para o qual é necessária a comprovação de mais um milagre atribuído à freira baiana.
Sua festa litúrgica é celebrada no dia 13 de agosto, recordando a data em que recebeu o hábito de sua Congregação.
Fonte: Redação Central