Dom Hélder Câmara é declarado patrono dos direitos humanos
Arquidiocese do Rio
O presidente da República do Brasil aprovou a lei que concede a Dom Hélder Câmara o título de patrono brasileiro dos direitos humanos. A novidade foi publicada no Diário Oficial da União na última quarta-feira, 27.
“Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o É declarado Patrono Brasileiro dos Direitos Humanos Dom Hélder Câmara”, lê-se na lei aprovada por Michel Temer na terça-feira, 26.
O site da Presidência do Brasil destaca que Dom Hélder Câmara ficou conhecido como “um dos ícones da Igreja Católica contra a ditadura militar”, especialmente no estado de Pernambuco.
O prelado brasileiro foi nomeado arcebispo de Olinda e Recife em 1964, o ano em que o regime ditatorial teve início e participou em organizações e movimentos onde foi um “líder contra o autoritarismo e os abusos aos direitos humanos, praticado pelos militares”, assinala a Fundação Joaquim Nabuco.
A presidência brasileira destaca que Dom Hélder Câmara foi um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e o único brasileiro indicado quatro vezes para o Prêmio Nobel da Paz.
De recordar que em abril de 2015 a Arquidiocese de Olinda e Recife revelou que recebeu da Santa Sé uma carta que permitia o início da fase diocesana da causa de beatificação e canonização de Dom Hélder Câmara.
O site da Presidência do Brasil destaca ainda que a igreja de Nossa Senhora da Assunção das Fronteiras, no Recife, tem um memorial dedicado ao agora patrono brasileiro dos direitos humanos onde estão expostos objetos de Dom Hélder, como livros, quadros, roupas e móveis.
Nasceu a 7 de fevereiro de 1909, em Fortaleza, e foi ordenado padre em 1931, com 22 anos; Aos 43 anos Dom Hélder Câmara foi nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro em 1952, e em 1964 tornou-se arcebispo de Olinda e Recife, até 1985, tendo falecido a 27 de agosto de 1999, no Recife.