Dom Eduardo visita Seminário Maior São João Paulo II
Por Seminarista Cristiano Henrique Tamborlin. Foto: Seminarista Mateus Lima
Na noite da última quinta-feira, 06, Dom Eduardo visitou o Seminário Maior São João Paulo II, na cidade de São Carlos, onde presidiu a celebração da Santa Missa com a Oração das Vésperas, no dia em que a liturgia fez memória de São Paulo Míki e companheiros mártires.
Em sua homilia, Dom Eduardo afirmou que o evangelho é como que um “manual que os apóstolos devem ter ao sair em missão, guardando sempre essas considerações”. Disse aos seminaristas que eles nunca devem esquecer que a missão de Cristo, a missão dos apóstolos e, portanto, a missão da Igreja se baseia na humildade. Uma missão que experimenta dificuldades, que experimenta o fracasso, a impotência, e que se associa sempre ao Cristo. Esse mandato é dom do Pai. Nos associa plenamente como discípulos de Jesus. Assim como o Pai envia seu Filho, Jesus também nos envia em missão.
Ele salientou ainda que, conforme podemos ver no evangelho do dia, Jesus vai alertar que Ele não estava tão preocupado com aquilo que os discípulos podiam dizer, mas sim com aquilo que eles podiam fazer. Como nos diz Santo Inácio de Antioquia, “é melhor ser cristão sem dizê-lo, do que proclamá-lo sem o ser”. Por exemplo, aqueles que eram curados por Jesus, eram mandados para casa e Jesus os advertia que não deviam contar nada para ninguém. O motivo para isso é que eles deveriam ser um “Evangelho vivo”. Ou seja, o seu jeito de ser, sem dizer nada, é o que caracteriza que você é cristão.
Outro aspecto presente neste Evangelho, que é muito importante para quem é seguidor de Jesus, é a pobreza. A pobreza é a condição para amar. Quem tem coisas, pode dá-las. Agora quem nada tem, pode dar o melhor, que é o dar-se a si mesmo, os dons que Deus nos concedeu, o melhor de si. Devemos tomar cuidado para não nos entregarmos a tentação do “ter”, do “poder”, do “ser”, do “aparecer”. A pobreza se baseia em que não somos o que nós temos, mas somos aquilo que nós damos. Está na capacidade de não nos prendermos a coisas ou a pessoas. Está em conseguir dar passos, muito além daquilo que você está apegado.
Por fim, lembrou que os seminaristas, neste caminho de discipulado, devem se preparar para viver uma vida de verdadeiros missionários, com uma vida de desapego, com um coração desprendido, um coração serviçal, que olha para o bem do próximo e tem como objetivo que o Reino de Deus aconteça, a exemplo dos mártires São Paulo Miki e seus companheiros, que deram a própria vida para testemunhar o Evangelho.