Diocese de São Carlos abre quaresma com Missa de Cinzas
Por Sidney Prado – Assessoria de Imprensa da Diocese de São Carlos
A Quarta – feira de Cinzas, celebrada ontem (22), marca o início da Quaresma para os católicos, período de 40 dias em que a Igreja se prepara para celebrar a Páscoa do Senhor, que lembra a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo.
Na mesma data, é lançada a Campanha da Fraternidade, que neste ano tem como tema “Fraternidade e Fome e o lema se encontra em Mateus 14-16 “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Em São Carlos, fiéis participaram da celebração presidida pelo Bispo Diocesano Dom Luiz Carlos Dias sendo concelebrada pelo Padre Sandro Portella, Pároco da Catedral de São Carlos e reitor do Seminário Propedêutico, na Catedral de São Carlos Borromeu.
Durante a homilia, Dom Luiz Carlos comentou sobre o significado do tempo de Quaresma e da conversão.
“São quarenta dias de reflexão até a noite da ressurreição. A oração, o jejum e a esmola serão as práticas penitenciais propostas para esse tempo que poderão abrir os nossos corações, a nossa mente, o nosso entendimento para um encontro pessoal e renovador com Jesus Cristo crucificado e ressuscitado”.
Ao citar o tema da Campanha da Fraternidade, o religioso falou da importância de meditar sobre o assunto e citou doação de alimentos como um gesto concreto de solidariedade.
“Pela terceira vez, somos convidados a meditar sobre a realidade trágica e vergonhosa da fome. Em 1975, em 1985 e agora em 2023, nos colocamos diante desse grande desafio, desse grande mal social”.
Estudos sobre a segurança alimentar no Brasil dão conta de que, em 2022, cerca de 58% dos brasileiros enfrentavam alguma situação de insegurança alimentar e nutricional, o que significa alimento insuficiente e de baixa qualidade. Destes, 15,5% conviviam com a fome, o que corresponde a cerca de 33 milhões de pessoas. O problema é mais acentuado em 18,6% de domicílios rurais, que convivem diariamente com a fome.
“Nesse caminho quaresmal, e no pilar da caridade que nossa Diocese de São Carlos está vivenciando neste ano a partir das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora, nós precisamos cobrar e dar respostas ao flagelo da fome. Respostas do poder público que deveria oferecer condições de trabalho, renda e vida digna à todos, mas também fazer nossa parte como católicos e nos abrir a caridade, e evitar o desperdício”, concluiu o Bispo Diocesano.