Coordenação Diocesana de Pastoral disponibiliza material sobre o Conselho Diocesano de Leigos
Conselho Diocesano de Leigos e Ano do Laicato
Da Redação, com informações do Padre Marcelo Souza
No dia 28 de abril o Conselho Diocesano de Pastoral Ampliada (CDPA) reuniu-se no CDP para discussão e encaminhamentos do Conselho Diocesano de Leigos (CDL). Tendo em vista o Ano Nacional do Laicato, vivido este ano na Igreja do Brasil, o Bispo Diocesano juntamente com a Coordenação Diocesana de Pastoral trouxe para discussão e articulação este tão importante organismo que visa mostrar que os leigos e leigas de nossa diocese são Sujeitos Eclesiais.
O Conselho Diocesano de Leigos e Leigas, é um organismo de: articulação, organização, representação dos cristãos leigos e leigas em nível diocesano. É um lugar de encontro, diálogo, serviço. É parte integrante das representações Regionais do Conselho Nacional do Laicato do Brasil – CNLB; isto significa buscar articular e organizar a ação do laicato no cumprimento de sua vocação e missão na Igreja, mas sobretudo na sua presença evangelizadora na sociedade.
Este Conselho proporciona pensar a vida dos cristãos leigos e leigas e formular sua formação e conscientizar sua espiritualidade em vista da parte que lhe compete na missão da Igreja assim nos indica a CNBB: “Tendo em vista o fortalecimento da unidade, da espiritualidade, da organização do laicato, promovam-se em particular, a formação de Conselhos Diocesanos de Leigos e sua articulação com os Conselhos regionais e nacional”. DGAE n. 300
“Sem essa organização em conselhos próprios, parece-nos impossível enfrentar hoje no mundo atual com toda a sua complexidade, o desafio da nova evangelização. Daí é necessário que não só participem em Conselhos mais diversificados, como em conselhos pastorais (paroquiais e diocesanos) onde se acham também sacerdotes e religiosos (CFL n. 25 e 27) mas também, de modo mais específico e na autonomia que lhes cabe, é preciso que se organizem em Conselhos especiais de leigos nos vários níveis (diocesano, regionais e nacionais). Há problemas na evangelização do mundo de hoje que só os cristãos leigos, articulados e até organizados oficialmente, podem dar respostas como Igreja inserida no mundo”. (D. Marcelo Cavalheira – Organização e articulação dos cristãos leigos – Por quê e para quê?)
Na Igreja Povo de Deus, o laicato, como grupo eclesial distinto, precisa ocupar o seu espaço de forma articulada. Todos os batizados são co-responsáveis na evangelização da sociedade, mas aos Conselhos de Leigos e Leigas é atribuída a tarefa imensa e difícil de levar os cristãos a agirem na transformação, por dentro das estruturas sociais. Assim, este Conselho não é uma nova pastoral, um novo movimento, mas um organismo da Igreja, que nasce a partir da Comunhão com toda a Igreja, Povo de Deus. Nasce exatamente para que a comunhão se faça plena. Por isso, pertence à Comunhão Eclesial.
Por que articular o cristão leigo, leiga?
Para que o leigo, leiga, deixe de ser meramente leigo, no sentido popular e se torne sujeito da evangelização; para que a Igreja não seja clerical e ou laical, mas que seja uma Igreja-participação e comunhão onde todos os cristãos assumam sua vocação de batizados; para que cristão leigo/a tenha clareza quanto à sua missão de fazer acontecer o Reino de Deus no mundo e se torne ali, presença transformadora.
A articulação é uma necessidade hoje muito sentida, face à tendência da segmentação, especialização e fragmentação, que atingem tanto a sociedade e a cultura em geral quanto a evangelização e a pastoral. A articulação não visa criar relações de subordinação de certas atividades e outras em uniformidade na ação, mas a estabelecer uma efetiva comunicação entre os interlocutores que permita o intercâmbio de informações e eventualmente através do diálogo, a elaboração de um consenso. Respeita a pluralidade, mas evita o isolamento. Cria, o que, na linguagem atual, é chamado de “rede”. Do ponto de vista prático, evita falhas desnecessárias, visão estreita das responsabilidades da missão, acúmulo de trabalhos e poucos agentes, repetição e desperdício por um lado e tarefas não atendidas por outro, preocupação com imediato em prejuízo do importante. Do ponto de vista teológico e eclesial, a articulação é também testemunho de comunhão e participação.
Enfim, um Conselho de Leigos e Leigas é um lugar de “encontro, diálogo e serviço” que contribui para o fortalecimento da unidade, da espiritualidade e da organização do laicato. Possui adequada autonomia, como os demais organismos semelhantes e são espaços de formação e que abarcam tanto os movimentos de apostolado como os leigos/as que, estando comprometidos com a evangelização não estão integrados em grupos apostólicos. (Sto Domingo, n. 98)
Ser lugar de encontro significa ser um espaço onde as diversidades próprias de cada grupo se encontram, têm iniciativas e conseguem traçar ações coordenadas, tendo em vista um determinado fim. Não há uma vocação leiga única. Os dons e carismas do Espírito e a diversidade de situações que a realidade apresenta, criam também uma grande diversidade de apelos e respostas” (DGAE n. 306)
Ser lugar de diálogo, é ser um espaço onde todos ouvem e reconhecem as riquezas que cada grupo ou cada cristão possui, e colocam tudo isto em comum para o benefício de todos.
Ser lugar de serviço supõe a consciência de não ser maior ou menor, mas todos corresponsáveis para agir com disponibilidade. O eixo unificador é a missão evangelizadora, que deve ser o critério essencial para a programação, execução e avaliação das suas atividades e deve ser também o critério de articulação”. (DGAE n. 297)
Sobre a organização: “Tendo em vista o fortalecimento da unidade, da espiritualidade, da organização do laicato, promovam-se em particular, a formação de Conselhos Diocesanos de Leigos e a sua articulação com os Conselhos regionais e nacional” (DGAE n. 300).
É com esta finalidade, de unidade e comunhão que demos o primeiro passo para a efetivação deste tão importante organismo que será um grande bem a nossa Igreja Diocesana, assim tornará cada dia mais vivenciada a vocação laical de nosso povo.
Obs: apresentação de Marcia Therezinha Carlos sobre o Conselho Diocesano de Leigos em formato de slide , em programa powerpoint.
Clique no link abaixo para fazer o download