Celebração Ecumênica realizada no começo da noite da terça-feira, 17 de abril, na 56ª AG
Da Redação, com informações da CNBB
Dentro da programação da 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na tarde desta terça-feira, 17 de abril, os bispos participaram de uma Celebração Ecumênica realizada no plenário do Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, em Aparecida (SP).
Presidida por dom Francisco Biasin, bispo de Barra do Piraí – Volta Redonda (RJ) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso da CNBB, a celebração também contou com a presença dos pastores Inácio Lencke e Geraldo Graf, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil; pastora Sonia Rota, da Igreja Presbiteriana Unida e secretária executiva da Coordenadoria Ecumênica de Serviços (CESE); pastora Anita Wright, moderadora da Igreja Presbiteriana Unida; pastor José Carlos Marion, da Unidade Missionária Cristã e reverendo Francisco Cesar, da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil.
Coletiva de Imprensa
Durante a coletiva de imprensa do sétimo dia da 56ª Assembleia Geral, Dom Francisco Biasin, afirmou que “ser cristão é ser ecumênico”. Segundo dom Francisco, “no DNA cristão existe diálogo, acolhimento e o ir ao encontro do outro e dentro dessa afirmação tem a constatação que surge dos evangelhos de que o cristianismo nasceu plural e não monolítico”.
De acordo com o bispo, o próprio Jesus, por diversas vezes teve a atitude do acolhimento e um olhar muito especial para com as pessoas que não eram de Israel. “Jesus não olha as origens nem as raças, Ele olha o coração, a fé e a resposta que a pessoa da à resposta de Deus”. Dom Francisco disse ainda que, “os maiores desafios para o ecumenismo e a evangelização são os fundamentalismos a partir da palavra de Deus que leva algumas pessoas ao extremismo que trazem o ódio e a separação entre as pessoas que não pensam da mesma forma”.
“Hoje no Brasil vemos algumas polarizações dentro e fora das Igrejas que impedem o diálogo. Essas polarizações constroem muro entre as pessoas, igrejas, culturas, classes e minorias que por muitas vezes são esquecidas pelos detentores do poder. Nesse aspecto, a Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso tem como vocação, dentro e fora da Igreja, de levar a atitude do diálogo, do respeito e da valorização recíproca que deve existir entre as pessoas e entidades”, declarou dom Francisco Biasin.
O bispo ainda pontuou três comemorações que marcam a história do processo de comunhão ecumênica no Brasil e no mundo. Em 2017 aconteceu a celebração 500 anos da Reforma Protestante, e neste ano é comemorado os 70 anos de fundação do Conselho Mundial das Igrejas e os 45 anos da CESE, com sede em Salvador (BA), que está à frente das ajudas nacionais e internacionais para projetos de promoção humana que ajudam as minorias e pessoas marginalizadas.