Setembro, mês da Bíblia
Padre Rene José de Sousa
Licenciatura em filosofia; Bacharel em teologia; e Mestre em teologia ecumênica
Estamos iniciando o mês de setembro, período dedicado à Bíblia, e fortemente marcado pela festa da exaltação da Santa Cruz dia 14 e pela devoção aos santos e santas de Deus, como, por exemplo: a Natividade de Nossa Senhora dia 08, o apóstolo e evangelista São Mateus dia 21, os Santos Cosme e Damião dia 26, São Vicente de Paulo dia 27, os Arcanjos Miguel, Rafael e Gabriel dia 29 e o célebre presbítero e doutor da Igreja São Jerônimo, o qual “devemos a tradução em latim do Antigo e Novo Testamento, que se tornou, com o título de Vulgata, a Bíblia oficial do cristianismo”, dia 30.
Como havia dito no início de nossa reflexão, este mês é dedicado a Bíblia, mas você sabe o significado de tal palavra? Sua divisão? Escritores? Quantos e quais os livros que nela se encontram? Caso sua resposta seja negativa, iremos fazer um breve passeio por este sagrado e, ao mesmo tempo, misterioso livro, e descobriremos que tal obra está repleta de promessas de libertação e sua realização da parte de Yahweh (cujo nome possui significados diversos que alude a mesma realidade, como por exemplo: Aquele que é, Eu sou quem sou – Ex. 3,14 -, aquele que traz à existência a toda criatura para seu povo). Bíblia (βίβλια) é uma palavra de origem grega, que significa, os livros ou popularmente dizendo biblioteca, pois não há um único livro ali contido, mas vários.
O livro santo, está dividido em Antigo e Novo Testamento, sendo que Testamento “traduz o grego diatheke e o hebraico berit em aliança, significando o fato central da salvação, a Antiga Aliança do Sinai e a Nova Aliança de Jesus Cristo”, sendo o Antigo Testamento escrito em hebraico e o Novo Testamento em grego. Os livros da Bíblia são sagrados porque foram escritos por inspiração divina, pois é palavra de gente que fez profunda experiência de fé, sendo 46 do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento, somando 73 livros ao todo. Cabe agora exercitar nossa boa e santa curiosidade (aquela que nos faz aprender / conhecer e não a que nos direciona a conversas desnecessárias – fofocas) e ir ao encontro da grandiosa e santa palavra, navegando pelas mensagens de cada livro que lá contém, degustando cada página.
É bom salientar, a nível de conhecimento, que “a Igreja Católica considera a Bíblia como Palavra de Deus, fonte da doutrina revelada e norma de fé. A Igreja recebe a sua fé da Bíblia e da tradição, que é a autoridade viva docente da Igreja tal qual ela existiu desde a sua fundação por Jesus Cristo”. Logo, qualquer argumento contrário que se ouça de algum desavisado ou ignorante, referente à Bíblia e a Igreja Católica, cai por terra, pois demonstra que tal indivíduo não sabe o que fala e nem conhece a fundo a Igreja de Jesus Cristo, Santa Católica e Apostólica. Convido você a desenvolver a espiritualidade orante da Palavra, pegando aquela Bíblia que talvez esteja há séculos aberta, empoeirada no salmo 23 ou 91 como enfeite da estante ou de algum móvel qualquer, lendo-a, “difundindo a Palavra de Deus para que seja acolhida com honra” (2Ts 3,1), e cada vez mais encha os corações dos homens e mulheres, para permanecermos no amor de Cristo Jesus e darmos muitos frutos (Jo15, 8-9).