Pe. Rubens abr 16, 2024

A arte como instrumento de evangelização

A arte como instrumento de evangelização

A Igreja, em sua missão evangelizadora, conta com a ação pastoral e criativa dos jovens e adolescentes, que se abrem à ação do Espírito Santo e colocam seus dons à serviço do Reino de Deus.

Dentre tantas ações em prol do anúncio do Evangelho, a arte ocupa especial espaço, sobretudo em meio aos jovens e adolescentes.

Durante a vivência litúrgica e espiritual da Semana Santa, nossa Diocese contou com a criatividade artística de inúmeros grupos que há muito tempo se empenham na evangelização através da encenação da vida, paixão, morte e ressurreição de Nosso Senhor.

A flagelação de Cristo interpretada pelo grupo ENSA, na apresentação da Sexta-Feira Santa, em Araraquara

Em Arararaquara, SP, a encenação nasceu em 1982, na Praça da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, com as cenas acontecendo em cima de caminhões. Foi uma iniciativa do grupo de jovens ENSA, que muito se empenhou para que a mensagem do Evangelho fosse transmitida através da arte.

Com o tempo, a encenação expandiu em número de participantes e em público. Aos poucos foi ganhando espaço na cidade, também como iniciativa cultural. Foi apresentada no Estádio Municipal, na Arena da Fonte (onde chegaram a se apresentar para 25 mil pessoas) e no Ginásio de Esportes Castelo Branco (Gigantão).

A entrada de Jesus em Jerusalém, sendo aclamado pelo povo como Filho de Davi, interpretada pelo grupo ENSA

Segundo Júlio Cesar Sedenho, responsável pelo espetáculo, a ação é evangelizadora e beneficente, pois arrecada alimentos que são destinados como gesto concreto às famílias necessitadas.

“Não paramos de rezar e trabalhar. Após um espetáculo, já começamos a produzir o outro. Nos unimos para rezar e assim surgem as inspirações para as cenas que reproduziremos. Trazemos as famílias para a encenação. Além disso, nem todos os participantes são religiosos, e durante a produção há muitos testemunhos de conversão”, afirma o responsável.

Interpretação de Jesus acalmando a tempestade, encenada no Gigantão, em Araraquara

Já em São Carlos, SP, a encenação começou há 17 anos, e é realizada pela Paróquia Santa Rita de Cássia. Teve início com apresentações dentro da própria igreja, mas hoje acontece no ginário de esportes da cidade. Aproximadamente duzentas pessoas compõe o elenco.

Segundo Cladenilson César Antonio, um dos idealizadores, a apresentação vai muito além de uma peça teatral.

A comovente cena de Maria com o corpo de Jesus, apresentação do grupo da Paróquia Santa Rita de São Carlos

“Conseguimos fazer com que na sexta-feira santa as pessoas parem para meditar e olhar para Jesus. É um trabalho muito importante, pois retoma a essência da páscoa, uma história de amor que se entrega totalmente para nossa salvação”, destaca Claudenilson.

Em Ibitinga, SP, a encenação acontece desde 1982, e foi iniciativa do grupo de jovens da época, hoje grupo de teatro Bom Jesus, e do Padre Eutímio Sebastião Ticianelli. Com o objetivo de incrementar o turismo na cidade, a encenação da Via Sacra leva as pessoas à reflexão sobre a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo.

Hoje a apresentação envolve aproximadamente 300 pessoas na equipe, de variadas idades e classes sociais, promovendo uma verdadeira integração.

O evento faz parte do calendário turístico do Estado de São Paulo, do calendário de eventos de Ibitinga e do calendário de eventos culturais do Ministério da Cultura, figurando como um dos principais espetáculos do gênero em todo país.

A ressurreição de Jesus, interpretada pelo grupo da Paróquia Santa Rita, de São Carlos

 

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