Armênia: Papa encontra um país marcado pelo desemprego
Por Mariangela Jaguraba – Rádio Vaticana
Os armênios receberam o Papa Francisco, em Yerevan, nesta sexta-feira (24/06), com grande satisfação.
Os fiéis apostólicos constituem 90% da população armênia e consideram o Santo Padre um pastor, um líder religioso que vem a este país encontrar o seu povo e afirmam que esta visita trará bênçãos para esta terra.
Uma atmosfera religiosa se respira em Yerevan. De todas as partes da cidade se vê o majestoso e bíblico Monte Ararat, símbolo do país, que os armênios podem admirar somente à distância, pois se encontra na Turquia. A enorme montanha pode ser vista de vários pontos da Armênia.
Para os armênios, nessa região se situa o ‘Paraíso Terrestre’ descrito no Capítulo 2, versículo 14 do Livro do Gêneses. É também considerado o local onde a Arca de Noé encalhou depois do dilúvio e ele plantou as primeiras vinhas. Hoje, as uvas continuam sendo cultivadas no vale do Monte Ararat. Aos pés da grande montanha se encontra o Mosteiro de Khor Virap, que o Papa Francisco visitará no próximo domingo.
O Santo Padre encontra um país de maioria jovem. Caminhando pelas estradas de Yerevan nota-se que a juventude constitui a maior parte da população. Infelizmente, o índice de desemprego é elevado.
Sobre a situação que o Papa Francisco encontra na Armênia nós conversamos com o Bispo dos Armênios Católicos da América do Sul, Dom Vartan Waldir Boghossian, que está entre os 14 bispos católicos armênios da diáspora presentes aqui na visita papal.
Infelizmente, existe um conflito entre a Armênia e o Azerbaijão por causa do território de Nagorno-Karabakh, cedido por Stalin, em 1923, ao Azerbaijão, cuja ideia de unificação com a Armênia, que teve início em 1980, resultou numa guerra violenta entre os dois países. Em 1994, foi assinada uma trégua nem sempre respeitada.