Diocese São Carlos jun 2, 2024

Dom Luiz preside missa de reinauguração da Capela São Manoel, no cemitério das Cruzes

Dom Luiz preside missa de reinauguração da Capela São Manoel, no cemitério das Cruzes

O bispo diocesano, Dom Luiz Carlos Dias, celebrou a missa que marcou a reinauguração da Capela São Manoel e do memorial dedicado a Rosendo Brito e Manoel de Souza Brito, na manhã deste domingo (2), no cemitério das Cruzes em Araraquara.

 

Figuras icônicas da história de Araraquara, Rosendo e Manoel estão enterrados onde foi construída a capela.

 

Diversas autoridades estiveram presentes. Após a missa, Dom Luiz abençoou o local.

 

História

 

Em 1897, Araraquara foi palco do linchamento dos Brito. O jornalista sergipano Rosendo de Souza Brito publicava nos jornais críticas sobre a administração da cidade, desagradando o coronel Carvalho, que era de grande prestígio no município. Após um desentendimento entre os dois na farmácia de Manoel, tio de Rosendo, o coronel foi baleado e acabou falecendo. Antes de morrer, porém, culpou Rosendo e Manoel.

Os dois foram presos em seguida e o clima de comoção tomou conta da cidade. De um lado, os admiradores do coronel lamentavam sua morte. De outro, familiares e o partido político de Rosendo queriam retirá-lo da prisão.

A missa de sétimo dia do coronel Carvalho aconteceu na Igreja Matriz, com a presença de correligionários e parentes. Empregados das fazendas de café dos Carvalho foram convocados a comparecer. Um grande público se formou para o evento, sabendo da intenção de assassinar os Brito.

Durante a noite de 7 de fevereiro de 1897, a delegacia foi invadida e Rosendo e Manoel foram retirados, acorrentados, e foram arrastados até a praça da Matriz. Os Brito foram mortos e mutilados pelos capangas das fazendas e até parentes do coronel Carvalho. Rosendo tinha 24 anos e Manoel, 49.

Quando amanheceu, a cidade amedrontada apenas assistiu o Padre Antônio Cezarino, pároco da Matriz, recolher os corpos. Após a perícia da polícia, o padre levou os corpos de Rosendo e Manoel até o cemitério da febre amarela, hoje cemitério das Cruzes. O local onde os Brito foram enterrados tornou-se um trajeto de peregrinação popular.

 

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