Missa recorda um ano de falecimento do Cônego Tombolato
Por Sidney Prado – Assessoria de Imprensa da Diocese de São Carlos
Nesta sexta-feira, 29 de abril recorda-se um ano de falecimento do Cônego Antônio Tombolato, que morreu aos 93 anos acometido pela COVID-19. Em sua memória, será realizado às 07h da manhã a Santa Missa na Capela Nossa Senhora das Dores, localizada na rua: Antônio de Almeida Leite – n° 33 no Boa Vista.
Logo mais a noite na Babilônia, acontece a oração do santo terço às 19h com a missa na sequência às 20h no Santuário Diocesano Nossa Senhora Aparecida da Babilônia, em São Carlos onde o religioso foi sepultado.
Cônego Tombolato dedicou grande parte de sua vida e de seu ministério aos fiéis da cidade de São Carlos. Muito conhecido por suas bênçãos, orações e novenas, Pe. Tombolato carregou consigo a fama de “padre exorcista” – título este atribuído por fiéis que constantemente o buscavam e pediam suas orações.
Primeiro pároco da Paróquia Santa Izabel, Pe. Tombolato transformou a realidade social e espiritual daquela região, bem como difundiu a devoção a Nossa Senhora Aparecida da Babilônia. Dentre tantos trabalhos realizados, destacam-se a organização da tradicional Festa da “Aparecidinha”, realizada sempre no mês de agosto e a criação da Creche da Divina Providência, na Vila Isabel.
CÔNEGO TOMBOLATO
Cônego Antônio Tombolato nasceu em 22 de janeiro de 1928, e faleceu no dia 29/04/2021 acometido pela COVID-19.
VOCAÇÃO
A vocação para seguir a vida religiosa surgiu na infância. Foi seminarista de 1943 até 1958, após a ordenação tornou-se presbítero na cidade de Matão.Em outubro de 1960, Dom Ruy Serra, trouxe o padre Tombolato para a Catedral de São Carlos.
ATUAÇÕES E CONQUISTAS
Um dos primeiros projetos desenvolvidos pelo padre foi a Polícia Mirim, que oferecia acompanhamento e ocupação para crianças. A fundação da Juventude Operária Católica (JOC), que desenvolvia projetos de assistência social, foi outra importante atividade do padre. O grupo condenava os desmandos dos patrões que exploravam os trabalhadores são-carlenses. Sempre atuante e participativo, durante a ditadura militar foi considerado por alguns um padre progressista e chamado até de comunista.
O envolvimento com a classe operária em defesa dos trabalhadores deixou marcas. Quando era padre da Catedral, apoiou a formação do sindicato dos metalúrgicos oferecendo salas da igreja para as primeiras reuniões e, ao contrário do que muitos pensam, ele garante que o bispo tinha conhecimento de tudo.
Nesta época, ele foi transferido para a paróquia de Vila Isabel, bairro que mais sofria com a falta de recursos e estrutura.
Foram 42 anos dedicados à paróquia que inclui o Santuário Nossa Senhora Aparecida da Babilônia, e até hoje a Vila Isabel é um exemplo de trabalho religioso aliado à assistência social. A firmeza na pregação e a adoração a Deus o fez conhecido também como um padre que expulsava demônios, fama que fez com que muitas pessoas, de vários bairros da cidade o procurassem.