Papa: no Advento, pergunte o que devemos fazer por Jesus e pelos outros
Da redação, com Vatican News
Durante o Angelus deste terceiro domingo do Advento, o Papa Francisco saudou os numerosos peregrinos presentes, incluindo muitas famílias com os seus filhos, que trouxeram pequenas imagens do Menino Jesus para serem abençoadas. O Papa Paulo VI iniciou esta tradição há mais de cinquenta anos. Falando da janela do Palácio Apostólico, o Sucessor de Pedro acenou às crianças presentes, desejando a elas e aos seus familiares um feliz Natal. E abençoou as estatuetas do Menino Jesus que trouxeram para serem colocadas nos presépios de Natal em casa.
Também dirigiu uma saudação especial aos peregrinos da América Latina presentes na Praça de São Pedro como parte de um grupo dedicado a Nossa Senhora de Guadalupe, cuja festa é celebrada anualmente no dia 12 de dezembro. Saudou também todos os da Caritas Internationalis que comemoram seu 70º aniversário, e elogiou seu trabalho ajudando os mais vulneráveis do mundo, especialmente aqueles afetados pela degradação ambiental.
O que posso fazer por Jesus e pelos outros
Assim, não devemos ter medo de perguntar ao Senhor, e também aos irmãos – como sugerido nos Atos dos Apóstolos — e repetir com frequência: “que devo fazer?”:
O que é bom fazer por mim e pelos irmãos? Como posso contribuir com isto? Como posso contribuir para o bem da Igreja, o bem da sociedade? O Tempo do Advento é para isso: parar e perguntar-se como nos preparar para o Natal. Estamos ocupados com tantos preparativos, com os presentes e coisas que passam, mas perguntemo-nos o que fazer por Jesus e pelos outros!
Uma fé concreta, que toque a carne a transforme a vida
Da pergunta inicial, o Papa parte então para as respostas de João Batista, que variam segundo o grupo a que responde. Da mesma forma, a cada um de nós, “é dirigida uma palavra específica, que diz respeito à situação real de sua vida”:
“Isso nos oferece um ensinamento precioso: a fé se encarna na vida concreta. A fé não é uma teoria abstrata, uma teoria generalizada, não! A fé toca a carne e transforma a vida de cada um. Pensemos na concretude de nossa fé. Eu, a minha fé: é algo abstrato ou concreto? Levo-a em frente no serviço aos outros?”
Assumir um compromisso dentro da minha realidade
Ao concluir, o Santo Padre propõe algumas perguntas que poderíamos nos fazer sobre “o que posso fazer concretamente nestes dias que estamos próximos ao Natal? Como posso fazer minha parte?” — pedindo que “assumamos um compromisso concreto, ainda que pequeno, que se adapte à nossa realidade de vida, e procuremos concretizá-lo para nos prepararmos para este Natal”:
“Por exemplo: eu posso ligar para aquela pessoa sozinha, visitar aquele idoso ou aquele doente, fazer alguma coisa para servir um pobre, alguém necessitado. Ou ainda: talvez eu tenha que pedir um perdão, ou dar em perdão, uma situação a esclarecer, uma dívida a pagar. Talvez eu tenha negligenciado a oração e depois de muito tempo é hora de me aproximar ao perdão do Senhor. Encontremos algo concreto e vamos realizá-la!”
“Que nos ajude Nossa Senhora — disse o Papa no final — em cujo ventre Deus se fez carne.”