Para Papa, homem deve ter mais ética junto ao meio ambiente
Por Sidney Prado – Assessoria de Comunicação da Diocese de São Carlos
Com informações e foto da Rádio Vaticano
O Papa Francisco recebeu em audiência nesta sexta-feira, 20, os participantes de um workshop realizado pela Pontifícia Academia de Ciências Sociais, em colaboração com a Organização das Universidades Católicas da América Latina e do Caribe (ODUCAL). O workshop, intitulado “Mudando as relações entre o mercado, a sociedade estatal e civil”, acontece de 19 a 21 de outubro.
Em seu discurso, o Pontífice apontou duas causas específicas para estes problemas: a exclusão e as periferias existenciais. “Esta primeira é endêmica e sistêmica, aumenta a desigualdade e a exploração do planeta”, disse Francisco. O modo em que setores como energia, trabalho, banco, impostos e educação estão organizados dependem intrinsecamente de como a riqueza e a renda são compartilhadas entre aqueles que a produziram. “Mas se o lucro prevalecer, a democracia tende a se tornar uma plutocracia em que as desigualdades e a exploração do planeta crescem”, advertiu o Papa.
O outro modo de exclusão apontado pelo Papa é o trabalho que desvaloriza o ser humano. O processo todo deve proporcionar um salário justo ao trabalhador. “E deve ser adaptado às necessidades da pessoa e ao seu modo de vida, ao mesmo tempo em que respeita a criação, nossa casa comum”, disse o Santo Padre. “A ação política deve ser colocada ao serviço da pessoa humana, o bem comum e o respeito pela natureza”, reiterou.
Tornar o mercado civilizado
O mercado deve ser eficiente ao criar um sistema saudável e sustentável de crescimento. E deve estar a serviço do desenvolvimento humano integral. “Não podemos sacrificar no altar da eficiência, o ‘bezerro de ouro de nossos tempos’, valores fundamentais como a democracia, a justiça, a liberdade, a família e a criação”, afirmou Francisco.
Na essência, de acordo com o Pontífice, devemos tornar o mercado civilizado em uma perspectiva mais amigável ao homem e ao meio ambiente.
Por fim, Francisco lembrou aos participantes do workshop sobre os princípios da solidariedade e da forma subsidiária aplicada pela doutrina social da Igreja. O desafio aqui é como conectar direitos individuais com o bem comum.